Agora Sem Inspiração

...

quarta-feira, novembro 29, 2006

Hoje

Hoje fazia-te festas...e adormecias...
Hoje o teu olhar mudava...
Hoje o teu sorriso ficava mais bonito...
Hoje tiravas-me do sério...
Hoje ficava só a olhar para ti...
Hoje conseguia falar...
Hoje era perfeito...
Hoje perdia-me...
Hoje era... "quando fossemos possíveis..."

segunda-feira, novembro 27, 2006

Rabujices

Cansada...muito cansada...

Cansada de estar doente, cansada de ter frio, cansada de ter de arrumar o quarto, cansada de estudar(e achar sempre que não faço nada), cansada de escrever(às vezes parece que não faz sentido), cansada da realidade, cansada da imaginação, cansada dos sonhos, cansada do nada, cansada de não ter festas (ontem sonhei que me fazias uma festa na cabeça e sorrias!), cansada de andar a dormir nos transportes públicos, cansada de dormir nos transportes públicos e acordar sempre com alguém a dizer
- Menina já chegámos...
-Merda, vim parar a Cascais...
cansada que não possa ser assim como eu quero, cansada de ter sempre a mesma roupa, cansada de não ter dinheiro para nada, cansada de ter saudades, cansada da chuva, cansada de beber sempre o mesmo, cansada de mim, cansada de ter 21 anos, cansada de ter de andar na escola, cansada de não ter carro, cansada de estar sempre no mesmo sítio, cansada de não te poder mudar, cansada de não poder fugir, cansada de Lisboa, cansada de não perceber nada, cansada de ser generosa de mais, cansada de pessoas, cansada...

(No final deste texto, a palavra "cansada", soa-me mal...)

E só gosto do teu olhar...

domingo, novembro 26, 2006

Aquela que tu sabes...

When they call your name

Will you walk right up

With a smile on your face

Or will you cower in fear

In your favorite sweater

With an old love letterI wish you would

I wish you would

Come pick me up

Take me out

Fuck me up

Steal my records

Screw all my friends

They’re all full of shit

With a smile on your face

And then do it again

I wish you would

When you’re walking downtown

Do you wish I was there

Do you wish it was me

With the windows clear and the mannequins eyes

Do they all look like mine

You know you could

I wish you would

Come pick me up

Take me out

Fuck me up

Steal my records

Screw all my friends behind my back

With a smile on your face

And then do it again

I wish you would

I wish you’d make up my bed

So I could make up my mind

Try it for sleeping instead

Maybe you’ll rest sometime

I wish I could


sábado, novembro 25, 2006

Uma Obrigação...

Não sei porque me custa escrever...mas custa ...
Tem-me custado cada vez mais...
Alguém me disse um dia, que os textos mais inspirados, são geralmente textos de merda, e que os textos que nos obrigamos a escrever, são de facto os mais bonitos.
Sim, pela lógica dos meus escritos, talvez isso seja uma verdade...mas
É tão difícil, quando quero escrever e não sai.
É tão difícil quando te quero dizer e não posso...e fica tudo por meias palavras... Lá diz o ditado que, para meio entendedor meia palavra basta, mas serão aqueles que quero meus leitores, assim tão bons entendedores?
Provavelmente não...ou sim ...ou tu!
Muito provavelmente tu.


Quando acordo...não quero lembrar, sinto-me (mais uma vez) ridícula.
Quando acordo...acho que poderia ter feito diferente.
Quando acordo...não estás lá...
Quando acordo...as palavras anteriores já não fazem sentido para ti.
Quando acordo...enfio-me novamente na cama, protegida por almofadas sábias e conselheiras, que me dizem...tu!


E no sonho, ouvia (sem parar) aquela música da língua estranha...contigo.
E ficava envergonhada...e tu...



"Boa Noite...Até Amanhã..."







Tenho a sensação de fazer errado, de pensar errado, de gostar errado...

Acordo.

Não, não era sonho...eu faço mesmo tudo errado, penso sempre errado e sim, gosto errado...

Enfio-me debaixo de três almofadas, como se fossem elas que me dissessem
- Tudo certo!

Que frio... Visto aquela camisola, com que te vi em sonhos...aquela que tu ias adorar...

Gostei. Gostei muito...



T

quinta-feira, novembro 23, 2006

Que Saudades Sr Joaquim. Avô Quim...

Eu adorava a tua máquina de escrever. Adorava quando me deixavas escrever nela.
E se eu gastava folhas!!
Ficavas furioso, dizias sempre que só sobrevive quem poupa...e eu não poupava...
Ficava orgulhosa por saber que o que escrevias era lido por muitas pessoas...e elas gostavam que eu sei.
Os meus momentos preferidos eram quando me passeavas na Baixa, ao domingo de manhã. Compravas-me uma madalena, (que eu demorava uma hora a comer), pegavas-me ao colo e punhas-me em cima do balcão.
A Dona Isabel
- Então Joaninha, vieste com o avô?
Gostava que todos soubessem que eu era tua neta, tu um homem tão importante...pelo menos para mim.
Adorava quando de manhã ao fazeres a barba me punhas o teu after-shave que cheirava tão bem. Era azul transparente. Era o teu cheiro.
E a tua sopa...lembro-me de pedires a sopa a ferver. O tacho era pequeno, redondo e com cinco dedos de fundo...ah e tinha uma pega preta. Comias directamente de lá, acabada de sair do lume.
Adorava quando me deixavas regar o limoeiro do jardim com uma mangueira maior que eu...era verde. Acabava sempre toda molhada, e tu rias-te mas ficavas sempre procupado comigo por causa das constipações, dizias tu.
Adorava ir arrancar ervas daninhas do quintal, enquanto ela nos via da janela da cozinha...e eu acabava sempre por conseguir roubar
uma rosa do roseiral sem que tu visses...eram lindas...eras tu que as mantinhas vivas.
De manhã invadia a vossa cama agarrada ao meu boneco de cabelo azul, o Joãozinho (acho que tinha o nome do marido da porteira), e encaixava-me no meio de vocês dois. Tu rias-te muito e eu pedia que me contassem uma história, e vocês faziam vozes diferentes...e eu delirava!
Tu eras muito responsável, muito honesto, muito humilde, muito bonito.

Lembras-te daquela promessa que te fiz?
Eu estou a cumpri-la avô, eu juro que estou a cumpri-la...

Mas sabes o que mais me custa?
Não sei se vês...não te vejo, não te vejo nunca mais.
E dói...


quarta-feira, novembro 22, 2006

Joana

Cada vez mais confusa...
Cada vez mais a tentar dizer alguma coisa...
Cada vez mais a tentar fazer-te perceber...
Cada vez mais a perceber que não queres...que não dá!

segunda-feira, novembro 20, 2006

Para a Minha Becas



Saudades tuas...

Amo-te!!







Por fim...

6 Passos Para Uma Semana Minimamente Estável:

1º passo - Deixar de escrever textos pseudo-apaixonados no blog;
2º passo - Deixar de lado a mentalidade pseudo-apaixonada;
3º passo - Deixar de ter comportamentos ainda mais pseudo-apaixonados(ou seja, comportamentos ridículos, aos teus olhos!);
4º passo - Conseguir fazer uma folha de apontamentos, sem a meio parar para pensar "porquê, cum raio?";
5º passo - Deixar de ouvir músicas maradas, tipo aquelas em que tu apareces e dizes coisas que nunca irás dizer;
6º passo - Deixar de pensar em ti!

sábado, novembro 18, 2006

E se de repente eu te respondesse assim
Pois, eu sou fascinada por ti!
Se eu te respondesse
Adoro os dias porque posso olhar para ti!
Se eu te respondesse
Acho que também não te sou indiferente…
Se eu te respondesse
Adoro os escassos minutos que tenho contigo
Se eu te respondesse
Admiro-te acima de tudo, como podes ainda não teres percebido?
Se eu te respondesse
…sei lá…arrisca!
Se eu te respondesse
Odeio esse teu génio mal disposto, mas adoro-te por seres assim mesmo, tão contrário ao que tu próprio dizes.
Se eu te respondesse
…é esse teu jeito desajeitado e envergonhado que me atrai.
Se eu te respondesse
E então qual é o problema?
Se eu te respondesse
Não, não tenho medo…
Se eu te respondesse...




Se tu me perguntasses...


quinta-feira, novembro 16, 2006

Njosnavelin (éramos nós!)

Njosnavelin (Sigur Ross)

Esta é a música que um dia queria ouvir contigo quando fossemos no carro e quando fossemos jantar e quando fosses dizer-me que sim e quando fosses escrever para mim e quando fosses beijar-me e quando fossemos dormir e quando fossemos rebeldes e quando fossemos quebrar as regras e quando fossemos fugir para um país estranho e quando fossemos falar de coisas estúpidas e quando fossemos ter uma conversa séria e quando fosses dizer-me que não sou ridícula e quando fosses dar-me flores e... quando fossemos possíveis.

Incomodas-me!
E não tenho uma explicação, porque não é possível ter explicações quando nós próprios não conseguimos entender...

E só queria conseguir dizer-te tudo...e não adormecer na imaginação de alguma coisa bonita. Se for feia, que seja! Mas ela é sempre bonita porque tu, verdadeiro ou não, não me sais da cabeça.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Wake Up!!!

Ok.
Travei. Acordei. Já percebi.
Aquilo era mesmo impossível...mesmo que na minha cabeça fosse real, e na tua, o ridículo levado ao extremo.
No entanto acho-te piada. Tanta.
Gosto da tua segurança insegura.

E admiro-te...

Porque sim, mais nada.

terça-feira, novembro 14, 2006

***

APETECE-ME DIZER-TE QUE SOU EU...PORRA!

E tu mais uma vez...

Não estou a conseguir travar...e quando dou por mim...

Imagino-te meu...
Imagino-me tua...
Imagino-te com os teus defeitos...
Imagino-me a rir sem parar...(contigo claro!)
Imagino-te a dormir...
Imagino-te num beijo...
Imagino-te irritado...
Imagino-me doente...
Imagino-te meu médico privado...
Imagino-te
Imagino-te com filhos...bem...talvez não...
Imagino-te velhote...(facilmente!
Imagino-me apaixonada como no primeiro dia...
Imagino-nos impossíveis...
Imagino-te e... sinto-me ridícula...

Uma Dieta Pequenina e... Tu!

Hoje senti-me pequenina.
Não sei, mas há dias em que também se pode sentir pequenez, mesmo que não aparente certo?
Mas senti-me feliz porque comi duas e só duas sopas ao almoço.
Pelo menos ja sinto os ossos do pescoço e aperto o meu pulso com o polegar e o indicador. Bom sinal!
Aprendi o significado da palavra: Escatológico, e percebi que vou poder insultar alguém, sem que esse alguém perceba.
"Epá és um gajo com uma atitude escatológica na vida. Boa!"
Hoje senti-me pequenina, e tomei grandes decisões. Acho que hoje o meu dia acabou por ser algo fútil (que tristeza!), visto que as grandes decisões se baseiam na minha dieta.
No entanto o meu dia não foi só pequenino e escatológico.


Vi-te! ...só isso já o torna tão grande...

domingo, novembro 12, 2006

Era tão bom

Era tão bom, se também eu sentisse mais um sinal da tua parte...

Sinto-te perto. Mas racionalmente longe.

Era tão bom...

...


Não mais vais dormir comigo, mas vou sempre sonhar contigo...

sábado, novembro 11, 2006

A problemática do "depois"

E depois não sei reagir...e fingo ser engraçada, quando na verdade tenhos as pernas a tremer...e depois acordo e penso se deve ser assim e depois penso porque não? E depois dou comigo a olhar para ti já sem te ver normal...e depois acordo outravez e acho sempre que só poderia ser um sonho...
Merda!

Velosismos Com Sentido

O prometido é devido

Naquele trilho secreto
Com palavras santo e senha
Eu fui língua e tu dialecto
Eu fui lume e tu foste lenha
Fomos guerras e alianças
Tratados de paz e péssangas
Fomos sardas pele e tranças
Popeline seda e ganga
Recordo aquele acordo
Bem claro e assumido
Eu trepava um eucalipto
E tu tiravas o vestido
Dessa vez tu não cumpriste
E faltaste ao prometido
Eu fiquei sentido e triste
Olha que isso não se faz
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
O prometido é devido
Rompi eu as minhas calças
Esfolei mãos e joelhos
E tu reduziste o acordo
A um montão de cacos velhos
Eu que vinha de tão longe(do outro lado da rua)
Fazia o que tu quisesses
Só para te poder ver nua
Quero já os almanaques
Do fantasma e do patinhas
Os falcões e os mandrakes
TÃO CEDO NÃO TERÁS NOVAS MINHAS

sexta-feira, novembro 10, 2006

A minha vida dramática

Gostava tanto de ser eu... e ainda por cima gosto tanto de flores...
e gosto tanto de ti...

terça-feira, novembro 07, 2006

Ela...

Ela só te queria a ti, porque ela nunca deixou de te amar…nunca, mas a desilusão é tão grande, que de uma forma ou de outra ela não pode ficar contigo.
Ela era grande e ficou pequenina…
Ela era tão sensível e tu conseguiste estragar até os sentimentos mais profundos…Merda!
E era contigo que ela queria fazer as loucuras todas de toda uma vida.
Era contigo que ela queria ter um cão, era contigo que ela queria zangar-se por não teres lavado a loiça, era contigo que ela queria fazer amor e dizer a meio de um orgasmo que tu eras o amor da vida dela.
Ela era simplesmente tua…e como tudo o que é simples fica difícil, tu tiveste que estragar tudo e fazer com que ela só te queira longe.
Ela está desiludida…ela está completamente atónita com as tuas atitudes…
Se tu quisesses ela tinha sido só tua…para sempre…toda tua, mas tu não quiseste e as tuas tentativas momentâneas de a atingir seja de que forma for, não vão resultar jamais.
Ela foi-se, ela esqueceu-te, ela já não te quer.
Ela está feliz e é assim que vai ficar…tal como tu pediste.

domingo, novembro 05, 2006

Sonho...porque não?


Vamos acreditar uma única vez que neste mundo nem sempre o medo, a inveja, a desconfiança, o egoísmo estão na liderança…

Vamos acreditar que o sonho, a felicidade, a liberdade, a amizade, o amor… também esses poderão liderar e ao mais alto nível!

Vamos acreditar que ambos nascemos neste mundo que quer liderar, vamos propor-nos a ele, vamos não ter medo, não fugir, apenas sentir, sentir e sentir!

Eu sinto que isto é tão possível, não sei, é inexplicável!

Basta um olhar, um sorriso para acreditar, para viver, para simplificar. Eu sei que não sabes quem sou, nem eu sei quem és, mas porque não arriscar, deixar flutuar o corpo, elevar as asas, ir, voar, sonhar!
By: Nuno

Filoctetes








Caramba!

Não tenho palavras suficientes para descrever o espectáculo, em cena na Cornucópia.

Obviamente que na sua totalidade não é perfeito (na minha modesta opinião), mas os meus aplausos vão todos para Luis Miguel Cintra.

Foi a primeira vez que vi este grande senhor (agora sei!), em palco e rendi-me à sua forma tão completa de representar.

Que voz, que corpo ele assume para o seu Filoctetes, que presença imponente. Ele sim, leva o espectáculo ao colo do início ao fim. Magistral!

O cenário tão vazio mas ao mesmo tempo tão assumidamente cheio de imaginação, combina com o jogo de luzes, tão importante também.

Um pouco a desejar, ficou quanto a mim, o actor que dá corpo a Neoptólemo. Não tem uma grande voz, nem uma grande presença, mas obviamente vale o esforço de uma personagem difícil.

O coro de 4 marinheiros, indispensável para o desenrolar desta tragédia de Sófocles, além de conselheiro, tem um papel muito físico nesta encenação. De salientar, Nuno Gil, um dos marinheiros, que para mim, deveria ter mais protagonismo. Depois de o ter visto em "Odete", a última longa-metragem de João Pedro Rodrigues, fiquei com vontade de mais.

Estreei-me então como espectadora de uma tragédia grega, e que estreia!

No final do espectáculo, numa breve conversa com Luis Miguel Cintra (que fiz questão de esperar, para dar os parabéns), deu-me vontade de dizer " Quero mais!!", mas fiquei-me pelos parabéns que ele agradeceu discreta e humildemente.




sexta-feira, novembro 03, 2006

Cada vez mais...








Caso contigo...Caso contigo...Caso contigo.
...e depois há momentos de ir ao céu que duram apenas dois minutos...e é ridículo, mas eu gosto...e depois caio no chão, e apercebo-me que a vida é feita de clichés...e tento sempre que a minha não seja...mas acaba sempre por ser mas mesmo assim eu sei...
I'll marry you... I'll marry you... I'll marry you.