Agora Sem Inspiração

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domingo, dezembro 31, 2006

O último texto de 2006

Não foi um ano totalmente positivo. Dificilmente algum será, mas agora que está no fim este 2006, e fazendo uma retrospectiva, não sei bem como classificá-lo.

Foi o ano da tua morte, e logo então, uma parte de mim também se foi...de qualquer forma manténs-te vivo em todos os momentos, mesmo quando quero não pensar tanto em ti, a promessa que te fiz faz-te viver outravez, e acredito que talvez por tua causa me aguente como até agora.

Foi o ano em que te perdi, e que sofri, e que lutei para que não me deixasses, e que quase morri de amor. Mas foi também um momento que aproveitei para crescer, e orgulho-me disso, porque tu estás na mesma, ou pior, logo, às vezes, arrependo-me de te ter conhecido. No entanto, torço por ti.

Foi o ano em que alguns perceberam, que eu não sou a menina que todos viam como aquela que iria ficar sempre criança. Não. Cresci. E agora ninguém acredita que eu possa ter uma vida normal não é?

Foi o ano em que fizeste 50 anos. Foi o ano em que te vi chorar como nunca, com saudades da tua mãe e do teu pai. Foi o ano em que te disse finalmente que precisava de ti mais presente, mais carinhoso, mais tu, mais pai. Foi o ano em que tive mais saudades tuas, porque te amo e sabes disso.

Foi o ano em que mais uma vez, tivemos discussões, mas foi um ano em que mais uma vez te disse tantas vezes que te amava. Voltei para ti, não estava a aguentar. Foi o ano em que te disse que tão cedo não te deixo, foi o ano em que fizeste tanto por mim, e eu nada fiz por ti. Desculpa mãe.

Foi o ano em que achei que te ía matar. Foi o ano em que achei teres-me roubado a minha mais-que-tudo. Foi um ao em que achei que nos íamos deixar de falar, mas foi no fim, um ano em que percebi que não posso viver sem ti, minha irmã.

Foi um ano em que quase te perdia. Foi um ano difícil de te ver., e a culpa é minha, eu sei. Nunca te quis sujeitar a nada. Foi um ano em que fizemos a nossa primeira viagem juntas, e trocámos experiências inagualáveis, e fizemos as nossas palhaçadas, que para mais ninguém fazem sentido.Tu sim, és a minha mais-que-tudo, a minha melhor amiga, a minha Becas.

Foi o ano em que, apesar de tudo, e de não saber bem o que andamos a fazer, eu me apaixonei por ti, e não vou pensar em mais nada senão em aproveitar tudo o que posso até ao máximo...

No entanto, vai ser um ano, que vai acabar, mais uma...na merda!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Tu e tu, e os teus lençóis.

Queria que fosse sempre assim.
Eu horrorosa e tu a tratares-me como se fosse a mulher mais bonita do mundo.
Fico envergonhada sabes?
Fico sem saber o que dizer.
Fico a olhar para ti com o ar mais estúpido do mundo, o que por si só já é extremamente embaraçoso.
Mas fico só feliz...porque estou contigo. Porque vou estando contigo...



Não sei bem o que escrever, mas obrigada pelos teus lençóis...não os tiraste!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

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O espírito do Natal acabou, quando em vez de estar feliz a abrir as prendas, estava a contar as horas que faltavam para te dar um abraço.


Odeias-me agora?

domingo, dezembro 24, 2006

Um texto ridículo mas nitidamente escrito para ti!

Quando no outro texto escrevi que não sei para onde me virar com saudades, acho que não tinha bem uma noção do quão grave é a situação, e quanto a isso só te digo, e vais perceber
- Estás longe, merda!!!!
E hoje quando me deu vontade de fazer uma loucura e bater-te à porta, quem sabe vestida de mãe-natal e dizer-te "Merry Christmas", tu não estavas lá, e eu sabia-o e então ainda foi mais difícil de me concentrar no que devia estar a fazer.
Não fosse o meu Mp3, com músicas maradas, que obviamente me remetem o pensamento para ti, eu não teria estas ideias.
Mas agora imagina: eu, sentada no metro, rodeada de velhinhos e mitras que cheiram mal, mas a achar que estou no paraíso, e todas aquelas criaturas se transformam em vultos brancos, quando oiço a música da língua estranha ou o Ryan Adams, ou aqueles todos desafinados, mas que fazem sentido porque és tu.
Ou seja, as coisas feias até se tornam bonitas porque te oiço na música, e as saudades até ficam boas porque imagino o momento em que te vou voltar a ver. ( E pensar que só foste por 3 dias, ridículo não é?)

Sabes que mais?
Esquece esta lamechice.
Talvez seja um exagero.
Tudo porque estou cansada e só queria falar-te.

terça-feira, dezembro 19, 2006

?? Porquê ??

Porque hoje estou com o espírito Natalício em grande, porque ontem fui fazer compras (ainda que não fossem para mim), porque ando com vontade de escrever algo que se afaste de ti, porque tenho saudades da avó e do avô, porque sei que este Natal vai ser uma merda sem eles, porque sei que neste momento não tenho nada a que me agarrar, se não às minhas incertezas maradas da tola, porque me apetece fazer uma viagem brutal e só regressar daqui a 2 anos, porque me apetece dormir contigo, porque me apetece que não aconteça nada, porque não acredito no amor para sempre, porque sinto que estou a engordar, porque quero ir gritar com a Becas, porque quero que a minha mãe me dê dinheiro, porque quero que o meu pai demonstre um bocadinho mais de carinho por nós e se dê, porque às vezes me apetece chorar e não consigo, porque me apetece ouvir músicas depressivas, porque me apetece saber se me ouves avó, porque sonhei contigo e estavas viva, aqui ao meu lado, porque acho que este natal vou fazer greve de doces, porque acho que isto devia acontecer sem tantos problemas, porque afinal tenho 21 anos e tu me achas uma miúda (gira! é gira a miúda!), porque tenho medo que me aches miúda, porque já estou a escrever para ti outravez (merda!!), porque me apetece que todas as criaturas fúteis e desinteressantes desapareçam da minha vista, porque quero ter carta de condução, porque quero brilhar (ainda que não consiga), porque olho para trás e sei que só há muito pouco tempo comecei a construir algo de positivo na minha vida, porque me apetece beber cervejas todos os dias, porque não sei ao que isto nos vai levar, porque quero muitas prendas este Natal, porque quero dar muitas prendas este Natal( embora não tenha um tostão para o fazer), porque eu não mudo e serei sempre assim, porque odeio os autocarros para Carnaxide (sempre repletos de pretos), porque acho o teu carro o máximo, porque adoro a Audrey Hepburn e queria ser como ela, porque não me apetece voltar à escola, porque quero mostrar às pessoas o quanto as amo, porque quero pedir desculpa aquelas que magoei, porque quero ter a minha auto-estima a 100% e ela está mais ou menos nos 20%, porque queria ter uma família perfeita, porque tenho uma família quase perfeita, mas é a minha e adoro-a, porque estou quase a chorar ao escrever este texto ridículo (não sei porquê), porque estou farta da palavra "ridículo" (apesar de ser essa a palavra que me caracteriza segundo uns e outros), porque preciso de me distrair mas não posso, porque tenho de estudar imenso estas férias (que portanto não se podem chamar férias), porque tenho saudades do bolo de iogurte que fazias ao domingo, porque nunca mais vou poder cheirar-te e abraçar-te, porque sem ti este Natal não vai fazer sentido, porque eu tenho tantas saudades tuas e sei que ninguém me compreende, porque talvez o meu pai devesse ler este texto para me perceber, porque a minha irmã devia ser menos convencida, apesar de eu a adorar e não devesse mostrar-lho, porque tenho saudades de ser magrinha e porque queria imenso que estivesses aqui e agora e me dissesses coisas lindas, porque me esqueci de dar os parabéns à Sofia, porque com este tamanho ninguém vai ler esta merda de texto e por isso posso disparatar à vontade, porque tenho frio nas mãos, porque muitas outras coisas, mas acima de tudo porque ando sem saber para onde me virar com saudades tuas e dela e dele.


Porque um dia não vou ter problemas destes, existenciais, e não mais vou escrever textos atrofiadamente ridículos (lá está), qual adolescente against the world.

Tu já sabias...

Aquela era a única coisa que não precisava de te dizer, que não te queria dizer e a verdade é que disse e a minha consciência tão geometricamente estudada, sente-se agora de pernas para o ar.

Tenho saudades tuas quando não estás...

Mas também (encolho os ombros e faço uma expressão despreocupada) ...tu já sabias!




sexta-feira, dezembro 15, 2006

Qualquer Coisa

Ambos percebemos que não percebemos nada, ou percebemos tudo e não dá jeito nenhum.
Engraçado, quando eu era pequena, achava que a minha vida seria perfeita, qual família feliz de filmes românticos de Hollywood, qual mulher perfeita que iria ser a mãe perfeita com os filhos perfeitos.
Ando um bocadinho longe do mundo inteligível das ideias platónicas.
Primeiro que tudo, longe de Hollywood, longe da mulher perfeita ( e essa talvez seja a maior distância), longe de ser a mãe perfeita com seus filhos. Tenho obviamente amor para dar, mas não de maneira tal, que me anule perante o resto da minha vida.
E porquê este texto numa altura tão descontraida da minha caminhada?
Não sei. A verdade é que não percebo nada (e é portanto a minha, uma descontração ignorantemente ridícula) e como ainda fico corada quando estamos juntos, e tenho "borboletas na barriga" (sempre achei um máximo esta expressão), e sim, como ainda me tremem as pernas, e não sei o que vem a seguir, o meu blog é neste momento o meu melhor amigo.
E porque tu vens de tão longe, do outro lado do mundo, do outro lado não sei do quê, porque não existes na realidade e porque acho que vou cair da cama e pensar
- Merda! Estava a ser tão bom...
e porque sei que não és tonto, apesar de estranho, e que és imensas coisas...eu tenho medo.
E se amanhã te disser
-Não ligues meu amor, eu estava com um ataque qualquer que me fez escrever aquelas coisas
não acredites, porque isto está a ser completamente sincero, mas como eu não apago (só às vezes) textos do meu blog, amanhã não vou mesmo ter hipótese nenhuma de te mentir entendes?
Obviamente que se pensa sempre nas consequências de uma "lamechice" pegada, como comentários do género
-Raios partam esta gaja
mas sinceramente eu estou-me borrifando para o que pensas, tal como combinámos, e pode ser que assim consigas.

Sabes que mais?
És bonito Pedro!

domingo, dezembro 10, 2006

Agora sim, respiro. Respiro-te...

Finalmente percebemos que já não dá mais...que não podemos esquecer tudo o que já passámos.
És tu...Agora és tu que me consegue manter sempre de sorriso na cara, mesmo que esteja super mal disposta, Pedro.
Tu és especial.
E sim, porque sei que precisas de saber...estou viciada em ti! Porque mais uma vez...És especial.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Coisas...

Hoje percebi "coisas"...

percebi que me custa levantar de manhã quando estou contigo,
percebi que gosto imenso de estar contigo, percebi que o casaco que comprei não é nada quente, porque morri de frio durante todo o dia, percebi que ir ao dentista não é assim tão doloroso (apesar de ter levado uma anestesia que atravessou o maxilar), percebi que tenho uma avó maravilhosa, e que é impossível fazer qualquer tipo de dieta quando estou com ela, percebi que tenho saudades da minha antiga casa, percebi que tenho saudades de viver ali. Percebi que me fazes falta, minha Becas.


Percebi ainda, que apesar de tudo, nós seríamos possíveis mas não seremos nunca.
Mas sim, gostei... e aquela musica...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Whatever...

Podíamos outravez...podíamos sim.
Porque sim...porque hoje, é hoje, e porque ando feliz.

domingo, dezembro 03, 2006

"O" Domingo

...vou finalmente dormir, depois de um fim de semana nocturno complicado.
E a mãe acha hoje que somos a família perfeita depois de termo-nos levantado às 10(quando nos deitámos as 07:30, para tirar belas fotografias Natalícias carregadas de anti-olheiras e sentimentalismos. A única coisa boa é mesmo o facto de ter possíveis boas fotos...
E foi um dia difícil...foi um dia estranho...foi um dia em que quase adormeci com a cara em cima do esparguete à bolonhesa do almoço...e foi mais um dia em que percebi, que cada vez percebo menos.

+ + + + +

Não consigo escrever, mais uma vez...mas sei que sabes.

sábado, dezembro 02, 2006

32ª bebedeira...

...e o Benfica ganhou ao Sporting...e ontem estava uma noite maravilhosa, e eu estava feliz!