Bom Dia Ziggy!

Na altura eu era pequena.
Na altura achava ter a vida perfeita.
Na altura acreditava ter a família perfeita.
Ontem percebi que a realidade não é assim tão perfeita, mas também percebi que isso não é um problema maior, é um problema, mas não é maior.
Ela dizia: Não há famílias perfeitas.
Eu respondia: Não há de facto, e a nossa está bem longe disso.
Ela dizia: Não vão dar cabo da minha vida.
Eu respondia: Não vamos, nem sequer me quero meter nisso, mas não me obrigues a fazer coisas que não consigo.
Ela dizia: Mas antes conseguias.
Eu respondia: Mas agora já não consigo. Porque eu mudei.

Ela referia-se ao carinho, ao afecto, referia-se ao tempo em que a minha personalidade não estava bem definida (provavelmente ainda não está, mas...whatever!).
No fundo, ando triste por não perceber o que se passa comigo. Por não pereceber sequer o que se passa com os outros.
A minha personalidade (agora dura e fria), continua com inseguranças e medos tão estúpidos que acabam por me prejudicar.
E que triste chegar agora a essa conclusão.

Afinal, o meu medo é também desiludir-te.
A minha vida parece uma montanha russa, daquelas que agitam bem os neurónios, e tu tens sido o maquinista da montanha, que a abranda quando percebe que eu estou lá bem sentada.
Só por isso, obrigada.

Quanto às saudades...só mesmo quando não estás é que percebo que elas existem, e acredita que em grande quantidade. Eu e a minha mentalidade "pseudo-hollywoodesca-lamechas", estamos sempre à espera que apareças e digas: "SURPRISE, I'M HERE, JUST FOR YOU!!"

Bom dia Ziggy!